Pela primeira vez na história, FIciencias tem empate no primeiro lugar

Depois de um longo caminho percorrido, de desenvolvimento de projetos e apresentação dos trabalhos aos avaliadores, os alunos de várias escolas públicas e privadas, de Foz e região e do Paraguai e da Argentina, que participaram da 8ª FIciencias, acompanharam a revelação dos ganhadores em várias categorias e da classificação geral. A cerimônia de encerramento foi realizada na manhã desta sexta-feira (8), no hotel Golden Park, em Foz do Iguaçu, marcado de muita emoção entre alunos e professores.

Pela primeira vez na história, a FIciencias tem empate no primeiro lugar. Pela classificação geral, o primeiro lugar ficou para dois projetos: um deles é “Masteca: uma nova forma de pensar através da inteligência artificial e a educação 4.0 dentro da geometria aplicada à inclusão”, do Colégio Sesi Curitiba, com as estudantes Steyce Dayane Lopes e Maria Luiza de Souza.

Segundo os professores, um projeto que foge das linhas de física e química, mas que mostra o quanto as demais áreas, como as ciências sociais, da saúde, criatividade e empreendedorismo têm potencial.

“É uma recompensa muito grande. Não esperava. A gente faz tudo com muito esforço, em prol da educação”, diz emocionada uma das ganhadoras, Steyce Lopes.

Outro projeto que ficou com o primeiro lugar foi “Desenvolvimento de um microscópio alternativo fabricado em impressoras 3D, do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus de Paranaguá, com Davi Paula da Silva, Eduarda Lopes Mendes e Giovana Hanae Pereira Assanuma.

“É uma surpresa muito boa. A FIciencias é uma oportunidade de integração, troca de experiências e de aprendizagem. Nos esforçamos muito nesse projeto e saímos daqui sabendo que valeu a pena”, conta a estudante Eduarda Mendes.

Já o terceiro lugar da classificação geral ficou com um projeto do município de Toledo, no Oeste do Paraná, “Reutilização de papel toalha na elaboração de recursos pedagógicos para o atendimento educacional especializado nas salas de recursos multifuncionais e deficientes visuais, do colégio estadual Jardim Porto Alegre, com a estudante Dionésia Schauren.

Os premiados da categoria em primeiro lugar, além de medalhas e troféus, levaram para casa R$ 2,5 mil, e o terceiro lugar, R$ 1 mil.

Público

Segundo os organizadores, mais de duas mil pessoas visitaram a Feira neste ano, que ocorreu entre 5 e 8 de novembro, com 47 cidades representadas e 150 projetos num total.

O gerente da Estação Ciências, projeto do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), responsável pela organização da FIciencias, disse que a Feira é um espaço de criatividade e integração e que, a cada ano, espera tornar o evento maior para que mais escolas e municípios participem.

“Vamos trabalhar para tornar a FIciencias cada vez mais integradora e todos aqui têm uma responsabilidade de trazer conhecimento e de multiplicar isso depois”, avalia Wilbur Rogers de Souza.

A Feira

Em 2019, a FIciencias chegou a sua oitava edição. A Feira de inovação das Ciências e Engenharias, realizada pelo Parque Tecnológico Itaipu e pela Itaipu Binacional, em parceria com universidades, se tornou um evento tradicional em Foz do Iguaçu, reunindo, a cada ano, um número maior de participantes e de visitantes. Este ano, alunos do Paraná, de Santa Catarina, do Paraguai e da Argentina trouxeram ideias criativas em diferentes áreas do conhecimento para expor durante a Feira.

Este ano, a FIciencias também abriu espaço para a FIciencias Kids, um dia inteiro da programação, onde os pequenos apresentaram trabalhos e tiveram a oportunidade de serem mini cientistas. Alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) de Foz do Iguaçu e de Catanduvas, região Oeste do Paraná, apresentaram projetos científicos nos mais variados temas, incluindo geografia e astronomia.