Pirulitos para tratar doenças bucais e para diabéticos

Já pensou em um pirulito como tratamento para problemas bucais e que pode ser consumido por diabéticos? A aluna Evellin Souza, do Colégio Estadual Emílio de Menezes, de Curitiba, não só pensou como está colocando o experimento em prática: o “Phrulito” foi um dos projetos apresentados na 8ª edição da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias).

Há sete meses Evellin trabalha sozinha no projeto, com o apoio de seus orientadores. Ela já realizou testes que provaram que os doces que produz – feitos com polióis (substitutos do açúcar) e bicarbonato de sódio – são capazes de neutralizar o “pH” ácido, característico da acidez bucal. Agora, espera a aprovação do Comitê de Ética para fazer testes sensoriais.

Evellin explica que o problema da pesquisa dela é a acidez bucal, causada por fatores como o consumo exagerado de produtos industrializados, fast foods e refrigerantes, e pelo uso excessivo de medicamentos, problemas gastrointestinais e psicossomáticos. “Essa acidez bucal por si só propicia o aparecimento de doenças desse meio, como a cárie, a desmineralização e a erosão dentária”, complementa.

Pensando no público-alvo de crianças, que costumam comer alimentos industrializados, Evellin desenvolveu uma linha de doces para a prevenção de cáries e que podem ser consumidos por diabéticos. Nos testes de neutralização, os doces se mostraram eficazes, pois elevaram o pH. “Ainda não foram feitos testes sensoriais, porque precisa passar pelo Comitê de Ética. Estamos buscando parceria para realizar a pesquisa e avançar nesse meio”, afirma Evelyn.

De acordo com Evellin, entre os próximos passos estão adicionar extrato de repolho roxo como indicador de pH e avaliar o uso dessa linha de doces no tratamento de aftas, uma das reações da quimioterapia (tratamento para câncer). Ainda conforme a estudante, o valor de produção dos “Phrulitos” ficou em R$0,55, considerado baixo custo entre produtos dietéticos.

A aluna do 9º ano do Ensino Fundamental comenta que nunca participado da FIciencias, mas que estava achando a experiência bem interessante. “A gente vê uma série de projetos interessantes que podem colaborar para a sociedade. Tem projetos que eu nunca imaginei”.