Um drone capaz de medir a qualidade do ar é o projeto apresentado pelos alunos do curso técnico de mecatrônica do SESI Curitiba na 7 ª edição da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias). Os estudantes vêm se dedicando ao trabalho há oito meses e, desde então, já fizeram cinco análises na capital paranaense.
Gustavo Todt Moreira da Cruz, Fabio Kosloski Junior e Sandra Rodrigues Montanari escolheram o tema diante da preocupação com a qualidade do ar especialmente nas grandes cidades, onde houve aumento dos níveis gasosos nos últimos anos agravando doenças respiratórias, como a bronquite e a asma, e problemas ambientais, como o aquecimento global.
Os estudantes desenvolveram um protótipo que pode ser acoplado ao drone para medição dos gases poluentes. Inicialmente eles pretendem aplicar o equipamento em indústrias, que possuem legislação específica da quantidade de gases que podem emitir. “Para a indústria fazer a medição atualmente é necessário que um operador suba com cordas e andaimes na chaminé e isso acaba sendo perigoso, com risco de queda e exposição direta aos gases”, afirma Fabio. A intenção é que esses operadores sejam capacitados a operador o drone e essa análise seja feita de forma mais simples e segura.
Entre as vantagens do sistema desenvolvido pelos estudantes está o custo: o protótipo sensorial vale cerca de R$ 100. O equipamento mais caro é o drone, mas a intenção dos alunos, de acordo com Sandra, não é vendê-lo, mas sim oferecer às empresas o serviço.
Além da aplicação industrial, os estudantes pretendem também utilizar o drone para atividades agropecuárias, que emitem grande quantidade de gás metano – nocivo para o ser humano. Eles contam ainda que pretendem levar para frente o projeto, que será o trabalho de conclusão de curso no SESI.